‘Atacante’ Blatter brinca com Henry e diz que também já usou a mão para jogar

Presidente da Fifa diz que entende as justificativas do francês e revela que abusava dos braços para se livrar dos zagueiros

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Bastante questionado sobre o gol ilegal da França, que a classificou para a Copa do Mundo de 2010 e eliminou a Irlanda, o presidente da Fifa, Joseph Blatter apelou para a ironia ao comentar o lance em que o atacante Henry tocou a mão na bola antes de cruzar para Gallas balançar a rede. Blatter confessou que até ele usava os braços nos tempos em que jogava futebol.

Os dois – Henry e Blatter – se falaram por telefone pouco antes do presidente viajar para a África do Sul, onde nesta semana serão sorteados os grupos do Mundial. Durante o papo, o jogador tentou explicar o lance ao dirigente, que disse entender a situação do atleta.

– Eu compreendi. Também já fui atacante e usava as mãos para jogar, principalmente para me livrar dos zagueiros – debochou Blatter.

A declaração foi dada nesta quarta-feira, na Cidade do Cabo. A cúpula da Fifa está no local para o sorteio e realizou uma reunião do Comitê Executivo. O tema “Henry-França-Irlanda” foi abordado. Mais tarde, na coletiva de imprensa, foi o que dominou a roda de perguntas dos jornalistas no Centro de Convenções.

– Nós conversamos três dias antes de eu vir para a África. Foi uma conversa entre desportistas. O Henry está consciente do que fez e pediu que eu entendesse. Eu entendi.

Independentemente disso, será aberto uma investigação da Comissão Disciplinar da Fifa para analisar o caso. Blatter quer saber se o jogador teve uma conduta flagrantemente antidesportiva. Ou não.

Sul-africanos prometem técnico até sexta. Parreira aguarda visita e conversa no Rio

Favorito para a imprensa local, treinador diz que ainda não foi procurado para substituir Joel Santana nos Bafana Bafana: ‘Nunca fechei por telefone’


Reprodução/Globo News

A Federação Sul-Africana de Futebol (Safa) já avisou que até sexta-feira terá o nome do subistituto de Joel Santana. Se os anfitriões da próxima Copa do Mundo realmente quiserem a volta de Carlos Alberto Parreira, considerado o favorito pela imprensa local, é melhor pegarem logo um avião para o Brasil.

Em entrevista nesta terça, por telefone, Parreira afirmou que ainda não foi procurado pela Safa e voltou a dizer que aceitaria conversar com os sul-africanos. Com um porém: no Rio de Janeiro.

– Eles teriam que vir aqui, como foi na primeira vez. Nunca fechei contrato por telefone – disse o tetracampeão, lembrando o convite para assumir os Bafana Bafana em janeiro de 2007 após deixar a seleção brasileira.

A Safa tem pressa para anunciar o substituto de Joel Santana. Segundo o diretor de comunicação da federação, Morio Sanyane, na sexta-feira será revelado pelo menos o nome do treinador que receberá uma proposta para o cargo.

– Honestamente, ainda não recebi nenhuma informação sobre o novo treinador. A única certeza, por enquanto, é que na sexta-feira a Safa anunciará quem é o novo técnico ou, ao menos, quem é o técnico que ela pretende contratar para dirigir a seleção até a Copa do Mundo – afirmou Sanyane,em Joanesburgo.

Outro cotado para assumir o cargo, o sul-africano Gavin Hunt, atual bicampeão nacional, também disso que ainda não foi procurado pela federação, assim como Parreira. Outra opção para os Bafana Bafana seria a escolha de Pitso Mosiname, que era auxiliar de Joel.

– Há três caminhos para a seleção no momento: colocar um treinador local, como Hunt ou Mosiname; mudar tudo com um técnico estrangeiro, o que parece que não vão fazer; ou manter a escola brasileira, e assim eu seria uma opção natural porque já estive lá e não saí brigado – comentou Parreira, acrescentando que a manutenção de Jairo Leal na comissão técnica é um indício de que sua volta é possível.

O tetracampeão foi contratado pela Safa em 2006 e assumiu a seleção em janeiro de 2007. Em abril de 2008, Parreira teve que deixar o comando por problemas de saúde de sua esposa, Leila, e indicou Joel parra o seu lugar. Agora, o ex-técnico do Fluminense diz que não teria problemas para voltar ao país da Copa.

– Agora há a motivação da Copa. Quando eu estava lá, o país não respirava o Mundial. Agora é diferente.